Como pudemos entender até agora, a natureza dual da luz levou muito tempo para ser consolidada, para só então os cientistas admitirem que a luz tem um comportamento dual, dependente da sua interação com a matéria.
Mas e agora surge a questão: Será que é só a Luz que se comporta desta forma? A resposta para esta pergunta pode ser entendida, quando estudamos a hipótese de Louis De Broglie, que trouxe muita contribuição para a Física.
Figura 08: Representação do efeito fotoelétrico. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_fotoel%C3%A9trico
Figura 07: Heinrich Hertz. Fonte:http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/18852/hoje+na+historia+1894+-+morre+o+fisico+alemao+heinrich+hertz+.shtml
Figura 09: Albert Einstein. Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Albert_Einstein
O efeito fotoelétrico foi descoberto em meados de 1887, por Heinrich Hertz, quando estudava sobre a natureza eletromagnética da luz. Porém, foi Philipp von Lenard, que demonstrou experimentalmente este fenômeno, que consiste na extração de elétrons da superfície de um metal, quando o mesmo é exposto à irradiação da luz. (fig.08)
Alguns requisitos na realização do efeito fotoelétrico eram esperados para os estudiosos da teoria ondulatória. Dentre eles podemos citar: o efeito deveria ocorrer para qualquer frequência de radiação, a energia dos elétrons deveria aumentar, quando a intensidade da radiação fosse maior. Porém isto não acontecia, o que gerou uma explicação incompleta deste fenômeno.
Considerando os limites da teoria ondulatória, em explicar o efeito fotoelétrico, em 1905 Albert Einstein, se propôs a explicá-lo baseando-se no conceito da luz como partícula, porém em uma concepção diferente da Newtoniana. Einstein baseou-se nos estudos de Max Planck, que propôs que a Luz era constituída de pacotes de energia, os fótons. A energia de cada fóton, depende da frequência de radiação da luz. Segundo Einstein, quando o fóton se choca com um elétron do metal, transfere para ele toda a sua energia.
O efeito fotoelétrico só acontece se a energia fornecida pelo fóton para o elétron for suficiente para vencer a atração do metal, assim ele sairá da superfície.
A energia dos fótons, foi descrita pela equação 01:
(01)
onde, f é a frequência de onda e h a constante de Planck.
Durante o efeito fotoelétrico cada fóton atinge apenas um elétron, transferindo para ele toda a sua energia.
A energia mínima (equação 01) necessária para o elétron escapar do metal deve ser maior do que a função trabalho do metal, denominada pela letra . A função trabalho é definida como a energia mínima necessária para que o elétron consiga sair do metal, e seu valor é característico de cada material.
Einstein relacionou a energia do fóton incidente, que é absorvida pelo elétron, e a função trabalho do metal.
Einstein relacionou a energia do fóton incidente, que é absorvida pelo elétron, e a função trabalho do metal.
(02)
Onde, Emáx é a energia do elétron que escapa do metal, hf é a energia do fóton incidente e é a função trabalho do metal.
O Efeito Fotoelétrico, foi um fenômeno muito importante, determinando que a luz comporta-se também como partícula, para a aceitação e entendimento da natureza dual da luz. A luz é um conjunto de fótons que se propaga no meio em formas de onda, e ao interagir com a matéria, como no efeito fotoelétrico, faz isso de maneira corpuscular.
Curiosidade
A descoberta do fóton, não tem uma data determinada. Mas o termo fóton foi proposto por Gilbert N. Lewis, em meados de 1926. No tempo em que Einstein explicou o efeito fotoelétrico ele chamava de quantum de luz, o atualmente chamado fóton. Em vários livros e textos o termo usado para a teoria de Einstein é o fóton, devido ao fato de que este termo é aceito, porém ele sempre se utilizou de quantum de luz para explicar o fenômeno.
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