top of page

Destino do Lixo Nuclear

Os materiais radioativos produzidos nas usinas nucleares não podem ser simplesmente descartados para o ambiente ou no lixo comum. Assim como a fonte de energia disponível para o reator nuclear, no caso o Urânio 235, os resíduos deixados por esse elemento, após sair do reator nuclear, também são radioativos, ou seja, emitem radiação.

Portanto, os resíduos radioativos produzidos em uma usina nuclear necessitam de um local adequado para serem descartados, de modo que não causem danos ambientais, muito menos que fiquem em locais onde pessoas ou animais, possam ter acesso, para evitar contaminações.

Dessa forma, a principal discussão a cerca do uso de energia nuclear se deve ao fato: O que se fazer com os resíduos radiativos?

Há três classificações dadas aos resíduos radioativos: Baixa, Mádia ou Alta radioatividade.

Os resíduos de baixa radioatividade são roupas, ferramentas, materiais de laboratórios, ou seja, equipamentos que entram em contato com material radioativo. Geralmente são guardados em recipientes de lata, sem blindagem especial, até serem levados a depósitos subterrâneos.

Os resíduos de média intensidade são peças de reator, rejeitos químicos dos processos de mineração e enriquecimento de urânio e alguns recipientes usados do combustível nuclear. Os rejeitos são guardados nos mesmos locais dos rejeitos de baixa radioatividade, porém, os recipientes são blindados por concreto.

Já os resíduos de alta radioatividade são os combustíveis dos reatores, ou seja, as patilhas de Urânio, assim como alguns líquidos utilizados na extração de plutônio, para a fabricação de bombas nucleares. Esses resíduos são, geralmente, guardados em piscinas próximas aos reatores, ou em locais próprios para seu descarte.

O caso dos materiais de alta radioatividade é o mais complicado. Pois, por mais que as pastilhas já tenham sido tiradas do reator elas continuam emitindo calor e radiação por anos. Por esse motivo são usados piscinas, pois elas ajudam a refrigerar as pastilhas de resíduo e, também, ajudam a diminuir a emissão de radiação para o ambiente.

Vale ressaltar que as piscinas e os reatores, são cercadas por várias barreiras de aço, chumbo e concreto.

Alguns países faziam descarte dos resíduos em alto mar, no fundo do oceano, ou em minas de sal abandonadas. Porém, devido a uma conscientização ambiental mundial, essas opções foram descartadas.

Portanto, é impossível garantir segurança para 100% dos resíduos radioativos. A única solução para o problema do lixo nuclear seria parar de utilizar essa forma de energia.

Resíduos Nucleares no Brasil

    No caso do Brasil, a Usina de de Angra 1 contém uma piscina localizada em uma área externa ao prédio. Já a usina de Angra 2 tem uma piscina isolante localizada dentro do próprio reator.

    Visto que cada uma das usinas produzem cerca de 50 metros cúbicos de resíduos de alta radioatividade, os reservatórios estão com pouca capacidade de armazenamento disponível. A previsão é que no ano de 2020 se esgote a capacidade de armazenamento desses resíduos.

Já na construção de Angra 3, com previsão de conclusão para 2018, foi projetados um reservatório para resíduos, tanto de alta como de baixa radiação. A intensão é que esse reservatório tivesse capacidade de armazenamento para lixo nuclear produzidos em 100 anos.

Angra 3 terá capacidade para abastecer uma metrópole como a de Curitiba, mas será que vale a pena?

Bom, estamos chegando ao fim de nosso módulo.

Porém, tens uma ultima atividade, acesse a próxima página e confira.

bottom of page